domingo, 12 de abril de 2015

Quasares, os antigos formadores de galáxias!



A maioria dos quasares estão localizados a bilhões de anos-luz de distância da Terra. Eles são gigantescos buracos negros super-massivos que existem no interior de galáxias jovens e muito distantes de nós, e que são classificadas como galáxias hospedeiras. Alguns cientistas os chamam de “buracos brancos” porque eles emitem muita luz, radiação, e vários tipos de ondas e partículas. Estas emissões formam um jato comprido, que sai por cima e por baixo destas galáxias em formação, e se prolonga por bilhões de quilômetros no espaço. Segundo os cientistas, um único quasar pode emitir entre 100 e 1000 vezes mais luz que todas as estrelas juntas de uma galáxia de tamanho médio, com cerca de 100 bilhões de estrelas!
Os quasares são alguns dos objetos mais luminosos e energéticos do Universo. Eles liberam quantidades incríveis de radiação e emitem tanta luz que ofuscam o brilho das estrelas da galáxia hospedeira onde eles se encontram. Eles possuem uma força atrativa enorme e vão despedaçando as estrelas e demais corpos celestes que se aproximam do centro da galáxia em formação.
A maior parte da matéria, que é sugada para o interior do quasar, segue em espiral para dentro do “buraco branco” e, ao passar por uma região circular, chamada “horizonte de eventos”, desaparece do universo visível! A radiação, os campos magnéticos, e outras forças presentes no horizonte de eventos, empurram parte do gás e das partículas, capturadas pelas enormes forças gravitacionais, para o espaço sideral na forma de grandes jatos de matéria e de radiação, que voam para bem longe do eixo de rotação do buraco branco. No interior do buraco branco existem as temperaturas mais altas do Universo e, do seu interior, são emitidas vários tipos de ondas, radiação eletromagnética, ondas de raio x, etc.
Em volta do “buraco branco” do quasar, (buraco negro super-massivo), existe um círculo de matérias e estrelas, na forma de espiral, que gira a grandes velocidades e puxa a matéria e as estrelas para o interior da galáxia em formação. Este círculo em espiral é chamado de disco de acreção. O disco de acreção é o embrião da futura galáxia, que deverá estar formada quando cessar as atividades do quasar e ele se transformar num buraco negro.
Em 2008, astrônomos alemães apresentaram evidências de que, no centro da Via Láctea, existia um grande quasar, localizado a cerca de 27.000 anos-luz da Terra, cuja massa seria 4 milhões de vezes maior do que a massa do Sol. Hoje em dia, bilhões de anos depois do surgimento da nossa galáxia, este enorme buraco branco está em repouso, transformado num simples buraco negro e já sem tanta matéria para se “alimentar”. Porém, nos lugares mais distantes do Universo, alguns quasares ainda estão em atividade, alimentando-se de gás, poeira e estrelas, e despejando os seus imensos jatos de radiação e luz, formando assim um espetáculo de assustadora beleza, que pode ser observado pelos astrônomos aqui da Terra.
Alguns cientistas afirmam que os buracos negros, existentes nas galáxias mais perto da Via Láctea, já foram quasares com buracos brancos, que se tornaram escuros porque o material do disco de acreção, que os envolvia e os alimentava, se tornou mais escasso! Os quasares são fontes emissoras de enormes quantidades de energia que se situam nos lugares mais longínquos do Universo, pois foram formados durante as primeiras fases de criação do Universo. A imagem que vemos de um quasar, ou a sua luz, que chega até nós, é proveniente de uma época em que o Universo ainda era bem jovem e as suas galáxias ainda estavam em formação. Na verdade, a imagem que recebemos dos quasares conta a história de como as galáxias foram formadas nos primórdios do Universo!
Partes de um quasar e o seu jato de partículas e linhas de campos magnéticos
O quasar mais próximo da Terra está situado a uma distância de 780 milhões de anos-luz, enquanto que o mais distante está situado a uma distância de cerca de 15 bilhões de anos-luz! Este quasar mais distante de nós chama-se PKS 2000-330 e fica na Constelação de Sagitário. Sua luz, ou imagem, é proveniente de uma época em que o Universo ainda era bem jovem.
O quasar PKS 2000-330 se encontra a uma distância de 15 bilhões de anos-luz da Terra e, como o Universo ainda se encontra em expansão, este quasar se distancia da Terra a uma velocidade espantosa de 276.000 quilômetros por segundo, um pouco menor do que a velocidade da luz! Consequentemente, a sua velocidade de afastamento é um pouco menor que a velocidade com que a sua imagem chega até nós! Muito provavelmente este quasar já não existe mais, e a galáxia que ele estava formando já é uma das mais velhas do nosso Universo.