A
maioria dos quasares estão localizados a bilhões de anos-luz de distância da
Terra. Eles são gigantescos buracos negros super-massivos que existem no
interior de galáxias jovens e muito distantes de nós, e que são classificadas como
galáxias hospedeiras. Alguns cientistas os chamam de “buracos brancos” porque
eles emitem muita luz, radiação, e vários tipos de ondas e partículas. Estas
emissões formam um jato comprido, que sai por cima e por baixo destas galáxias
em formação, e se prolonga por bilhões de quilômetros no espaço. Segundo os
cientistas, um único quasar pode emitir entre 100 e 1000 vezes mais luz que
todas as estrelas juntas de uma galáxia de tamanho médio, com cerca de 100
bilhões de estrelas!
Os
quasares são alguns dos objetos mais luminosos e energéticos do Universo. Eles
liberam quantidades incríveis de radiação e emitem tanta luz que ofuscam o
brilho das estrelas da galáxia hospedeira onde eles se encontram. Eles possuem
uma força atrativa enorme e vão despedaçando as estrelas e demais corpos
celestes que se aproximam do centro da galáxia em formação.
A maior
parte da matéria, que é sugada para o interior do quasar, segue em espiral para
dentro do “buraco branco” e, ao passar por uma região circular, chamada
“horizonte de eventos”, desaparece do universo visível! A radiação, os campos
magnéticos, e outras forças presentes no horizonte de eventos, empurram parte
do gás e das partículas, capturadas pelas enormes forças gravitacionais, para o
espaço sideral na forma de grandes jatos de matéria e de radiação, que voam
para bem longe do eixo de rotação do buraco branco. No interior do buraco
branco existem as temperaturas mais altas do Universo e, do seu interior, são
emitidas vários tipos de ondas, radiação eletromagnética, ondas de raio x, etc.
Em
volta do “buraco branco” do quasar, (buraco negro super-massivo), existe um
círculo de matérias e estrelas, na forma de espiral, que gira a grandes
velocidades e puxa a matéria e as estrelas para o interior da galáxia em
formação. Este círculo em espiral é chamado de disco de acreção. O disco de
acreção é o embrião da futura galáxia, que deverá estar formada quando cessar
as atividades do quasar e ele se transformar num buraco negro.
Em
2008, astrônomos alemães apresentaram evidências de que, no centro da Via
Láctea, existia um grande quasar, localizado a cerca de 27.000 anos-luz da
Terra, cuja massa seria 4 milhões de vezes maior do que a massa do Sol. Hoje em
dia, bilhões de anos depois do surgimento da nossa galáxia, este enorme buraco
branco está em repouso, transformado num simples buraco negro e já sem tanta
matéria para se “alimentar”. Porém, nos lugares mais distantes do Universo,
alguns quasares ainda estão em atividade, alimentando-se de gás, poeira e
estrelas, e despejando os seus imensos jatos de radiação e luz, formando assim
um espetáculo de assustadora beleza, que pode ser observado pelos astrônomos
aqui da Terra.
Alguns
cientistas afirmam que os buracos negros, existentes nas galáxias mais perto da
Via Láctea, já foram quasares com buracos brancos, que se tornaram escuros
porque o material do disco de acreção, que os envolvia e os alimentava, se
tornou mais escasso! Os quasares são fontes emissoras de enormes quantidades de
energia que se situam nos lugares mais longínquos do Universo, pois foram
formados durante as primeiras fases de criação do Universo. A imagem que vemos
de um quasar, ou a sua luz, que chega até nós, é proveniente de uma época em
que o Universo ainda era bem jovem e as suas galáxias ainda estavam em
formação. Na verdade, a imagem que recebemos dos quasares conta a história de
como as galáxias foram formadas nos primórdios do Universo!
Partes de um quasar e o seu jato de partículas e linhas de campos magnéticos |
O
quasar mais próximo da Terra está situado a uma distância de 780 milhões de
anos-luz, enquanto que o mais distante está situado a uma distância de cerca de
15 bilhões de anos-luz! Este quasar mais distante de nós chama-se PKS 2000-330
e fica na Constelação de Sagitário. Sua luz, ou imagem, é proveniente de uma época
em que o Universo ainda era bem jovem.
O
quasar PKS 2000-330 se encontra a uma distância de 15 bilhões de anos-luz da
Terra e, como o Universo ainda se encontra em expansão, este quasar se
distancia da Terra a uma velocidade espantosa de 276.000 quilômetros por
segundo, um pouco menor do que a velocidade da luz! Consequentemente, a sua
velocidade de afastamento é um pouco menor que a velocidade com que a sua
imagem chega até nós! Muito provavelmente este quasar já não existe mais, e a
galáxia que ele estava formando já é uma das mais velhas do nosso Universo.